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  • Foto do escritorBruno Crispim

O primeiro erro do escritor é a falta de leitura

Atualizado: 10 de mar. de 2021




Na escrita, nenhum conselho é tão básico e tão ignorado quanto leia muito, leia de tudo. Me deparei com ele quando escrevi o rascunho do meu primeiro texto e rasguei, no dia seguinte, quando o li. Era muito ruim. Eu não sabia o porquê, mas que era ruim, era.


Sem saber exatamente o que era um bom livro, mas querendo escrever um, coloquei na minha cabeça que precisava ler mais 100 livros. Ler e estudar com atenção à escrita de autores profissionais para buscar soluções para os meus erros. Até, enfim, entender de que é feito um livro bom.


Ler é tão importante para o processo da escrita que até autores renomados continuam a usar grande parte do seu dia para ler. Stephen King, por exemplo, dedica um terço do seu dia de trabalho para ler.


Mas ler muito é abstrato. Por isso, eu proponho um exercício inicial:

leia 100 livros, seguindo a lógica, mas não necessariamente a ordem abaixo. O importante é terminar os 100 livros.

Passo 1: Leia 20 livros. Qualquer um, de qualquer qualidade ou tamanho. Gostando ou não, termine todos.


Passo 2: Leia 20 livros do gênero que você quer escrever. Gostando ou não, termine todos.


Passo 3: Leia 15 livros de gêneros que você não é atraído. Os mais variados possíveis. Gostando ou não, termine todos.


Passo 4: Leia 10 livros de contos, poesias, crônica e não-ficção. Pelo menos dois de cada tipo. Gostando ou não, termine todos.


Passo 5: Leia 5 livros de técnicas literárias. Gostando ou não, termine todos.


Passo 6: Leia 15 livros, intercalando entre clássicos e contemporâneos. Gostando ou não, termine todos.


Passo 7: Leia 10 livros que você acha que não vai gostar. Gostando ou não, termine todos.


Passo 8: Leia 5 livros pela segunda vez. Termine todos.


A sugestão parece um pouco autoritária, mas é importante para quebrar a nossa predileção natural por livros e gêneros que nos agradam como leitores.

Como escritores, temos que usar cada livro, cada técnica empregada, cada forma diferente de olhar para o mundo, como uma fonte de aprendizagem. E, com frequência, os livros que não gostamos (ou que supomos que não vamos gostar) nos ensinam mais.





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