Quando decidi escrever um livro eu percebi que não tinha nenhuma história para contar. Sem história, sem livro, não é verdade?
Então, eu passei dois meses só pensando nisso. O resto era o resto. No final desses meses, eu continuava sem história, minha namorada estava chateada com o meu afastamento e as notas na faculdade estavam horríveis.
Sem ter muitas opções, deixei de lado a procura pela solução e analisei com mais cuidado o problema que tinha.
Rapidamente, perguntas começaram a brotar.
Que tipo de história eu queria escrever?
Qual gênero?
Como seria o personagem principal?
Quem seria o narrador?
Final triste ou feliz?
Qual tamanho?
Para qual público?
Essas perguntas, entre tantas outras, me guiaram até a primeira ideia que tive. Ela tinha tantos problemas que quinze anos depois eu continuo tentando ajeitá-la. Mas ela abriu a minha fábrica de ideias. Seu papel foi cumprido.
Ela colocou a minha mente para trabalhar e, hoje, eu tenho dezenas de ideias por ano, algumas com potencial para se tornarem romances.
Esse é um dos poderes de boas perguntas.
Hora da verdade: Proponho, agora, um exercício que vai te parecer simples: durante uma semana, anote o maior número de perguntas sobre a sua história, ideia ou sobre o seu futuro como escritor. Estimule o seu cérebro à procurar pela próxima pergunta, não à procurar por respostas.
Antes dessa semana acabar, você terá muitas respostas inconscientes e algumas conscientes. Provavelmente, terá uma nova ideia de história ou novas formas de abordar a mesma ideia.
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